
Tipo não purgativo:- o indivíduo não recorre ao uso de laxantes e diuréticos nem à auto-indução do vómito, mas em compensação recorre a outros comportamentos como o excesso de exercício físico ou jejuns prolongados.
Aqui vamos abordar assuntos relacionados com perturbações do comportamento alimentar, numa perspectiva de informação, prevenção e tratamento.







Um estudo em ratinhos demonstrou que quando alguns deles eram privados de exercício, havia actividade em certas áreas do cérebro normalmente ligada à retirada de drogas. Os estudos da Universidade de Wisconsin sugerem que o mesmo pode ser verdade em indivíduos com comportamentos «extremos» que tendem a fazer exercício de forma intensa. Muitos especialistas acreditam que o «vício em exercícios» não é uma condição física.Um estudo publicado no jornal Behavioral Neuroscience, utilizou uma raça especial de ratos que tende a usar uma roda de exercícios durante períodos mais longos do que outros ratos. Estes ratinhos de «raça especial» e outros comuns tiveram acesso às rodas de exercícios e podiam usá-las por tempo indeterminado.
Depois de seis dias, alguns dos ratos de cada grupo foram impedidos de usar as rodas. No momento do dia em que os ratinhos deveriam ter atingido «o auge da corrida», foi feita a medição química da actividade cerebral de todos as cobaias. Foi então constatado que os ratos que não tiveram acesso aos exercícios mostraram maior actividade em 16 das 25 regiões do cérebro, sendo mais acentuado em ratos de «alta actividade». Esta mudança na actividade do cérebro é uma indicação da motivação para correr.
Preocupações em relação ao aspecto físico (Transtorno Dismórfico Corporal):
O indivíduo é consumido pela sensação de que há algo de errado ou anormal com o corpo ou com qualquer aspecto da imagem corporal ou da face, mesmo quando os amigos e familiares dizem que está tudo óptimo. Esta preocupação causa sofrimento e o indivíduo pode recear actividades sociais ou evitá-las, com medo de se expôr, tentando corrigir um hipotético defeito, pois há uma excessiva valorização do corpo e a sensação de que ele não satisfaz as expectativas.
Na Vigorexia ou Síndroma de Adónis existe um preocupação excessiva com a musculatura, o corpo e o exercício físico. Existe uma distorção do esquema corporal porque, por mais exercício físico que façam e mesmo tendo um corpo muito grande e musculado, estas pessoas vêem-se como fracas e débeis. Este transtorno provoca sofrimento, gerando ansiedade, depressão, fobias e comportamentos compulsivos. Existe uma relação entre introversão, dificuldades de relacionamento interpessoal, timidez e mesmo fobia social, com este transtorno. Ao mesmo tempo, pode haver uma grande necessidade de aprovação social, mas sentindo insatisfação e complexos com o próprio corpo.
Da mesma forma que existe uma distorção do esquema corporal com a anorexia, em que o indivíduo nunca se vê suficientemente magro (ainda que na realidade esteja excessivamente magro).
A terapia cognitivo-comportamental pretende, entre outros aspectos, modificar os esquemas distorcidos, melhorar a auto-estima e reduzir os comportamentos obsessivo-compulsivos.
A causa da pica há muito que é procurada a partir de perspectivas nutricionais, sensoriais, fisiológicas, neuropsiquiátricas, culturais e psicossociais. As teorias nutricionais são as mais citadas, em geral atribuindo a pica a deficiências minerais específicas, como ferro e zinco.

Anorexia Mental - Moura, Elysio
Anorexia e Bulimia Nervosas - Cardoso, Sonia
Anorexia e Bulimia - Maia, Bruno E Susana Andrade
Anorexia Nervosa e Bulimia - Duker, Marulyn E Roger Slade
Social Construction of Anorexia Nervosa - Hepworth, Julie
Anorexia Bulimia Obesidade - Apfeldorfer, Gerard
Anorexia e Bulimia - Gerlinghoff, Monika
Anorexia e Bulimia - Byrne, Katherine
Anorexia e Bulimia O Que São - Cordas, Taki Athanassios
Que Consequências tem a Anorexia - V A
Anorexia E Bulimia - Raich, Rosa Maria
Anorexia Bulimia E Obesidade - Busse, Salvador De Rosis
Emagrecer - Por Que Se Engorda E Como Se Emagrece – Peres, Emílio




Nadia Comaneci entrou no livro de recordes dos Jogos Olímpicos em 1976 quando se tornou a primeira ginasta a conseguir uma nota máxima. Aos 14 anos de idade e com 40 quilos, o desempenho de Comaneci em Montreal, inspirou raparigas em idade pré-pubertária do mundo inteiro a praticarem o desporto. A mesma Comaneci voltou ao cenário público mais tarde numa batalha contra distúrbios alimentares, mas isso não diminuiu o entusiasmo da geração seguinte na procura pela magreza doentia.
lo sonho desportivo. Henrich morreu em consequência de um distúrbio alimentar que a atingia desde os 15 anos. Desenvolveu a doença tempos após um árbitro lhe ter dito para perder peso caso quisesse entrar para a equipa olímpica norte-americana.
Iremos abordar aqui o tratamento da anorexia nervosa sob o ponto de vista nutricional e alimentar, não esquecendo porém que este tratamento requer a interacção de uma equipa multidisciplinar, onde se inclui também o tratamento médico, principalmente o psiquiátrico.
Em 1975 a cantora Karen Carpenter (do grupo Carpenters) desenvolveu anorexia nervosa. Ela era magra e fazia dietas frequentemente, com o passar dos anos os efeitos nefastos consequentes da anorexia agravaram-se, levando à sua morte por paragem cardíaca. Morreu aos 32 anos.Gostaríamos de chamar a atenção ao facto de que os critérios de diagnóstico deverão ser sempre e apenas interpretados pelo médico. Neste caso particular existem pelo menos dois bastante subjectivos, difíceis de quantificar, pois com certeza todos nós já encaramos fases de “medo de ganhar peso” por exemplo. O facto de nos identificarmos com alguns destes critérios não significa que estejamos com anorexia nervosa.
Outro aspecto importante é o diagnóstico diferencial, há que avaliar outras possíveis causas para a perda de peso, principalmente se esta se manifesta após os 40 anos!

Foi também Russell que em 1979 descreveu a bulimia como uma nova doença derivada da anorexia. Considerou-a como uma variante da anorexia e definiu-a: